quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Por que, porque, por quê ou porquê

                                                               


Por que (kí nìdí), porque (nítorí, nítorítí, nítorípé), por quê (nítorí kíni, básí, èéhaṣe, èéhatiṣe ) ou porquê (ìdí): O uso correto segundo a gramática protuguesa.








Àwòrán Dhay Borges






1. Por que

 kí nìdí = por que. Kí nìdí tá a fi  ń kọ́ àwọn Gbọ̀ngàn Ìjọba, báwo la sì ṣe ń kọ́ wọn? - Por que e como os Salões do Reino são construídos?


O por que tem dois empregos diferenciados:


Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:


Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)

Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)

Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.



Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

2. Por quê


Nítorí kíni = por quê? por qual razão?

Básí = por quê? como?
Èéhaṣe, èéhatiṣe = por quê? Como é?

Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.


Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?


Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

3. Porque


Nítorí, nítorítí, nítorípé = porque. Mo nà á nítorí tí ó purọ́ - Eu  bati nele porque ele mentiu. Nítorí ilẹ̀ ṣú púpọ̀ a kò lè rí ọ - Porque estava muito escuro nós não pudemos ver você.

É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.


Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)


Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que).

4. Porquê


Ìdí = o porquê, a razão, a causa, o motivo


É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.


Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)


Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)

Califado de Sokoto

Ilẹ̀ Kálìfù Sókótó (Califado de Sokoto)

O Califado de Socoto é uma comunidade Islâmica espiritual na Nigéria, conduzido pelo sultão de Socoto Sa’adu Abubakar. Fundado durante as jiades fulas no início dos anos 1800, ele foi um dos mais poderosos impérios na África subsaariana antes da conquista e colonização europeia. O califado continuou a existir pelo período colonial e posteriormente, embora com o poder reduzido.

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Mais de 100 anos antes da famosa feminista nigeriana Chimamanda Adichie nascer, Nana Asma'u já lutava pela inclusão das mulheres na educação. 
Nana era uma princesa, filha de Usman dan Fodio, fundador do Califado de Socoto. Fluente em quatro idiomas (árabe, fulani, hauçá e tuareg) e versada nos clássicos árabes, gregos e romanos, ela foi a mais influente erudita de Socoto, o então mais poderoso reino muçulmano da África.
Em 1830, ela formou um grupo de professoras que viajavam por todo o Califado educando as mulheres. Embora fosse muçulmana, não fazia distinção entre muçulmanas e pagãs, ricas ou pobres.
Hoje, no norte da Nigéria, associações de mulheres muçulmanas, escolas e salões carregam o seu nome.
Quando seu irmão assumiu o califado em Socoto, ela se tornou sua conselheira e chegou a debater com príncipes, governadores e eruditos.

Ela acreditava que negar a educação à mulher contrariava a vontade de Deus.

Fontes:
Islam and Feminism (http://www.islamandfeminism.org/nana-asmau.html)
WISE Muslim Women (http://www.wisemuslimwomen.org/muslimwomen/bio/nana_asmau/)